O professor cruza os braços e diz que não vai gritar. Mandar calar a boca não é aquilo que ele quer fazer. Na sua cabeça, fazer isso significa o fracasso da sua prática enquanto educador. Bolinhas de papel, gritos dos alunos, assovios, caos, muito caos. O que os alunos querem? Que o professor grite com eles, que o professor desempenhe o seu papel, mantenha o controle, mantenha o controle. Estamos em uma sala de aula? Pensa o professor consigo mesmo... Eis que dá uma gargalhada, os alunos estranham: "Ué, o que o professor está fazendo, enlouqueceu?". O professor diz: "Isto aqui é um hospício!". Os alunos não acham graça, mas também não acham ruim, eles simplesmente não entendem porque o professor disse aquilo. E as coisas continuam, uns mandam o professor gritar e dizer que vai tirar a nota dos outros, os que perderiam nota continuam na sua, hospiciando, transformando a sala de aula no indizível, naquilo que não dá para entender. Faltam palavras, faltam palavras... Educação, pra quê? Continuemos filosofando...
Lendo isso, parece que estou vivenciando tudo novamente... Horrível!
ResponderExcluirNão sei se dá para chamar de "hospício". Talvez o mais correto fosse "circo", e quando eu estava na mesma posição que tu, sentia que só me faltava a roupa, o nariz e a maquiagem de palhaço. De resto, tudo era igual...
Houve uma palestra há algumas semanas, com Mário Corso e uma amiga foi e o menciounou. Ele disse que a escola está engarrafada. TA tudo parado.
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